As ações europeias tiveram uma queda significativa após notícias divulgadas pela Apple sobre a receita da empresa, que teve o setor de produção de peças para o iPhone prejudicado com o mais recente surto do coronavírus. As ações da Apple negociadas em Frankfurt tiveram um recuo de 5% no dia 18 de fevereiro deste ano logo após a divulgação da empresa de que não irá alcançar as metas de vendas em março deste ano. As estimativas para o fechamento do primeiro trimestre deste ano, que encerra em março, são de recuos bruscos.
O principal motivo para a gigante da tecnologia americana ter divulgado esta estimativa negativa, é a baixa produção de iPhone e o baixo número de vendas dos aparelhos na China. A oferta dos produtos da Apple caiu após o surto do coronavírus em todo o país. As lojas em todo o país asiático, encontram-se fechadas para evitar que o vírus se disperse ainda mais pela população. As medidas adotadas são de emergência em todo o território chinês.
A Apple disse que, mesmo com a reabertura das instalações onde são produzidos o iPhone, as atividades seguem em um ritmo lento, abaixo do esperado. Os analistas da empresa explicam que o surto de coronavírus acarretará 50% a menos de iPhone vendidos no país no final do primeiro trimestre deste ano. Os impactos na economia do país irão refletir em várias corporações ao redor do mundo. Isso está acontecendo porque a China é um dos pilares da economia mundial, e detém o maior mercado consumidor de smartphones do mundo.
Assim como o retrospecto negativo da Apple já reflete na queda das ações da empresa, essa queda também foi observada no recuo de 2,7% e 5,5% que as ações da STMicroelectronics e a Dialog Semiconductor tiveram, respectivamente. As duas empresas são fornecedoras diretas de componentes utilizados na fabricação do iPhone.
“Há muitas outras empresas passando pela mesma situação que a Apple neste momento. A cadeia de produção em diversos setores sentiram os impactos do surto viral que vem abalando os pilares da economia da China e de todas as inúmeras empresas que concentram o público-alvo no país”, explica a chefe de pesquisa da TMT Mirabaud, Neil Campling.