Segundo dados divulgados no último dia 22 de janeiro pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), as áreas protegidas da Amazônia registraram, em 2023, o menor desmatamento desde 2014. De acordo com o monitoramento por imagens de satélite da entidade, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação passou de 1.431 km² em 2022 para 386 km² no ano passado — ou seja, houve queda de cerca de 73% nesse sentido. 

Para o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do Imazon, o pesquisador Carlos Souza Jr., “essa redução expressiva do desmatamento em áreas protegidas é muito positiva, pois são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada”. Isso porque, segundo o que explicou ele, “na maioria das vezes, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios”. 

As notícias do Imazon também são que essa redução do desmatamento em áreas protegidas da Amazônia superou, inclusive, a queda geral na derrubada, que passou de 10.573 km² em 2022 para 4.030 km² em 2023. Isso significa um decréscimo de 62% nesse recorte. Desta forma, o desmatamento registrado de janeiro a dezembro do ano passado foi o menor desde 2018 — contudo, a entidade alertou que ainda é superior ao registrado de 2008 a 2017, desde que o Imazon implantou seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD). 

“Outro ponto preocupante em 2023 foi a degradação, que teve o terceiro aumento consecutivo em dezembro, o que pode ter relação com a seca e o aumento das queimadas. No último mês do ano, enquanto foram desmatados 108 km², outros 1.050 km² foram degradados”, enfatizou o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.Mais dados, informações e detalhes sobre o tema podem ser encontrados na reportagem completa publicada no portal do Imazon.