O calendário 2024 do desmatamento na Amazônia Legal, que abrange o período de agosto de 2023 a julho deste ano, fechou com queda de cerca de 46% na comparação com o calendário do desmatamento 2023 (agosto de 2022 a julho de 2023). No período mais atual, foram derrubados 3.490 km² de floresta nessa região do país — composta por nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão — enquanto no calendário imediatamente anterior, esse número foi de 6.447 km².
Os dados, divulgados no último dia 23 de agosto, são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). De acordo com as notícias da entidade, o resultado do calendário 2024 do desmatamento na Amazônia Legal é o menor já detectado pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon desde o calendário de 2017 (quando foram 2.889 km² derrubados). Já o ápice da série histórica do Instituto, considerando os dados a partir de 2008, aconteceu em 2022, quando foram derrubados 10.781 km² de floresta na região.
Por sua vez, quando se analisa, isoladamente, o mês de julho, os números do Imazon apontam para uma alta de cerca de 29% na destruição da Amazônia Legal em 2024. Nesse caso, foram 642 km² de floresta derrubados no sétimo mês deste ano, contra 499 km² em julho de 2023. “Sendo esse [julho de 2024] o segundo mês sucessivo com crescimento da prática, após 14 meses contínuos em que a Amazônia apresentou redução”, salientou o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.
“Apesar de o calendário do desmatamento 2024 estar fechando em queda, os dados do SAD apresentam uma tendência de aumento pelo segundo mês”, reforçou o pesquisador do Imazon, Carlos Souza Jr.. “Estamos entrando em uma época do ano mais crítica, onde historicamente as estatísticas de devastação são altas”, alertou ele. “É preciso seguir avaliando o cenário, há uma tendência de aumento que pode acelerar nos meses seguintes. Intensificar medidas de fiscalização nas regiões mais pressionadas e penalizar devidamente os desmatadores ilegais é fundamental para barrar a atividade”, enfatizou Souza Jr.
A reportagem completa do Imazon traz esses e demais dados e notícias sobre a evolução do desmatamento na Amazônia Legal.