Segundo as informações divulgadas no último dia 11 de setembro pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil registrou, em 2023, 11.502 internações no SUS relacionadas a lesões em que houve intenção deliberada de causar dano a si mesmo. O número se trata de um aumento de 25,4% em um período de dez anos — foram 9.173 casos desse tipo registrados em 2014 — e de uma alta de 9,9% ante 2022 (10.468 internações).
De acordo com a Abramede — embora subestimados, por conta de possíveis subnotificações, registros inconsistentes e limitações no acesso ao atendimento em algumas regiões — “a evolução dos dados de internação por tentativas de suicídio revela uma tendência de crescimento constante”. “Os números mostram que, a partir de 2016, houve uma oscilação com leve queda em relação aos dois anos anteriores, mas o número voltou a subir em 2018 (9.438) e alcançou seu pico em 2023”, acentuou o portal da entidade.
Na análise separada por Unidades da Federação (UFs), a Abramede mostrou que houve variações no número de internações por lesões autoprovocadas, com a identificação de um “crescimento alarmante” nesse sentido em algumas UFs.
“Alagoas se destaca com o maior aumento percentual de 2022 para 2023, registrando um salto de 89% nas internações, embora o número absoluto ainda seja baixo, passando de 18 para 34 casos”, salientou a Associação Brasileira de Medicina de Emergência. “A Paraíba e o Rio de Janeiro também chamam a atenção, com aumentos de 71% e 43%, respectivamente. Por outro lado, estados como São Paulo e Minas Gerais, apesar de registrarem números absolutos elevados — 3.872 e 1.702 internações, respectivamente, em 2023 — tiveram aumentos percentuais menores, de 5% e 2%”, acrescentou a reportagem publicada no site da entidade.
Mais dados e notícias sobre o tema (especificados por estados e regiões brasileiras) constam na íntegra da publicação feita pelo portal da Abramede.