O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou no dia 14 de fevereiro deste ano os novos dados sobre a Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios), onde o grande destaque foi a redução do número de trabalhadores que contribuem com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
De acordo com as notícias divulgadas pelo instituto, a contribuição com a Previdência Social teve seu terceiro recuo consecutivo em 2019. Este é o 3º ano em que o número de contribuintes reduz e já é o menor percentual de trabalhadores contribuintes dentro dos últimos 6 anos.
O levantamento realizado pelo instituto revelou que 62,9% dos trabalhadores em 2019 contribuíram para o INSS. Esse mesmo percentual só foi observado no ano de 2013. Já em 2018, os dados apontaram que 63,5% dos trabalhadores contribuíram para o INSS.
O ano de 2016 foi o que mais registrou contribuintes ao INSS da classe trabalhadora. De acordo com os dados divulgados na época, o indicador chegou a 65,6% da população nessa situação. Já o menor dado ocorreu em 2012, quando o indicador foi reduzido a 61,9%.
O instituto também divulgou dados do desemprego e da economia sobre as regiões do país considerando o total de trabalhadores que contribuem com o INSS. Nesse caso, os dados são: Norte com 44%, Nordeste com 47,9%, Centro-Oeste com 65,1%, Sudeste com 69,1% e Sul com 75%. Dentre esses dados, Norte e Sudeste foram os que apresentaram níveis mais baixos desde 2012. Nordeste teve patamar menor que em 2014 e as regiões Sul e Centro-Oeste registraram níveis menores que em 2013.
Considerando os estados do país, os dados apontaram que Santa Catarina teve a maior média anual para contribuintes do INSS, sendo equivalente a 81,2% de todos os trabalhadores. Já o estado do Pará registrou o menor nível, sendo equivalente a 38,2% de todos os trabalhadores da região.
De acordo com o IBGE, essa redução pode ser explicada por vários fatores, sendo o principal deles o recorde da informalidade no país. A situação de informalidade atingiu nível recorde em 2019, sendo equivalente 41,1% da população ocupada no país. Essa situação faz com que as pessoas deixem de contribuir com o INSS, pois não possuem registro em carteira e nem mesmo são formalizadas por meio de um CNPJ.